O Bode (poema) — por Gilberto Brito
Sem aposentar, o homem vivia
O bode que tinha, vendia ou comia
Machado cortou caatinga bravia
Que dava comida e bode rendia
Agora, que pena, pobreza total
Sem chuva, sem bode, só resta quintal
Pois dono de tudo, tudo comprou
Fez cerca farpada, meu Deus, que horror!
Só resta coragem pra luta fazer
Voltar com o bode, pra todos viver.
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Gilberto Brito é prefeito de Paramirim.