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Municípios e laboratórios privados da região enfrentam dificuldades para compra de testes de covid-19

Reprodução

Diversos estados do país, inclusive a Bahia, tem registrado um aumento exponencial na procura por testes diagnósticos para a covid-19, tanto na rede pública quanto na particular.

Segundo especialistas, isso se deve às festas e viagens de fim de ano, à rápida propagação da variante Ômicron e também ao avanço da gripe, que tem sintomas parecidos com aqueles provocados pelo coronavírus.

Ocorre, porém, que a oferta não tem acompanhado a demanda, e diversos municípios e laboratórios privados estão enfrentando dificuldades para reabastecer seus estoques de testes.

Não tem sido diferente em nossa região.

Em Érico Cardoso, por exemplo, a procura aumentou consideravelmente nos últimos 15 dias. Desde o dia 6, foram registrados 18 casos, dos quais 15 encontram-se ativos. Segundo o secretário de Saúde, Jailton Vieira, o município está enfrentando dificuldades para adquirir novos testes devido à baixa disponibilidade do produto no mercado.

A situação é parecida em Caturama. Conforme Mary Brandão, secretária de Saúde local, a demanda também cresceu nos últimos 15 dias. O estoque, porém, é insuficiente para uma testagem ampla. “A compra dos testes foi feita, só que no momento a empresa licitada está desabastecida, tendo previsão para a próxima semana”, declarou. O município, que até 6 de janeiro estava com a lista zerada, hoje registra 20 casos ativos. 

Em Botuporã, segundo a secretária de Saúde, Tharcisia Saraiva, também houve aumento na procura por testes. Hoje o município possui seis casos ativos de covid-19.

O problema também atingiu a rede privada regional. Neste início de ano, o Laboratório São Camilo, um dos mais procurados em Paramirim, chegou a ficar com o estoque de testes zerado por um dia devido ao aumento inesperado da demanda. Hoje o produto não está em falta na unidade, porém, conforme Fabiana Gomes, bioquímica responsável técnica pelo laboratório, “está difícil adquirir, e os valores para compra estão aumentando muito rápido”.

Diante do risco de desabastecimento em várias regiões do país, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) divulgou, na última quarta-feira (12), uma nota técnica recomendando a priorização de pacientes graves para a realização dos exames.

Pela escala proposta pela associação, devem ser testados primeiro os pacientes com maior gravidade de sintomas, casos de hospitalização e cirurgia, pessoas de grupos de risco, gestantes, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais.

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