Siga-nos

Exames de DNA foram os mais procurados em visita da Unidade Móvel da Defensoria Pública a Paramirim

Equipe da instituição visitou a cidade nos dias 26 e 27 de julho.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

As ações cidadãs promovidas pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA continuam em destaque nas visitas da Unidade Móvel de Atendimento da Instituição às cidades do interior do estado. Nestas quinta e sexta-feira, dias 26 e 27 de julho, em Paramirim, o destaque foi a Ação Cidadã Sou Pai Responsável: dos 76 atendimentos registrados, muitos foram exames de DNA para investigação e reconhecimento de paternidade.

“Vem aí o Dia dos Pais e, aqui, em Paramirim, a procura dos moradores foi, principalmente, pelos exames gratuitos de DNA que oferecemos através da Ação Cidadã Sou Pai Responsável. Todo cidadão tem o direito de conhecer quem é seu pai. Há 11 anos, a Defensoria promove esta ação e o objetivo é incentivar os homens a reconhecerem a paternidade dos filhos, registrá-los e assumirem a responsabilidade de pai”, explicou o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida.

O carinho e o cuidado que o ajudante geral Emerson Dias, 23 anos, tem com a pequena G., de 17 dias, já dão sinais que o resultado do exame de DNA vai provar o que o coração dele já diz: além da bebê, nasceu, também, um pai. “Só vamos tirar a dúvida se é minha filha mesmo ou não, mas até o nome dela fui eu que escolhi”, revelou. “O amor de pai já existe e dá para perceber pelas atitudes e o cuidado que ele tem com a bebê”, percebeu o defensor público Igor Raphael de Novaes Santos, que acompanhou a realização do exame e orientou sobre o registro de nascimento da criança, que ainda não foi feito.

Quem também já demonstra o cuidado que tem pelo suposto filho antes mesmo do resultado do exame é o mecânico Nivaldo Ribas, 54 anos. “Ele já é meu filho, independente do resultado, e sempre tivemos uma boa relação. Há um ano, preparei um quarto na minha casa para ele morar e, desde então, moramos juntos, como pai e filho”, contou o mecânico, enquanto aguardava a sua vez para coleta do sangue. “Aproveitamos esta oportunidade aqui e viemos tirar a dúvida”, acrescentou o suposto filho do mecânico, o gesseiro Genivaldo de Jesus, 31 anos.

Caminho a seguir

Já o aposentado Nelson de Oliveira, 67 anos, e o fisioterapeuta Carlos Eduardo de Oliveira, 31 anos, pai e filho, também aproveitaram a visita da Unidade Móvel da Defensoria a Paramirim, mas o assunto não era o exame de DNA: eles foram busca de orientação jurídica sobre um golpe que o pai sofreu em 2016 e, até hoje, o valor do empréstimo consignado feito em seu nome continua sendo descontado do valor mensal do seu benefício. “Há dois anos, falsificaram a carteira de identidade dele, abriram uma conta em Salvador e transferiram todo salário da aposentadoria para esta conta. Depois, conseguiram um empréstimo de cerca de R$ 18 mil e as parcelas de R$ 494,00 ainda estão sendo descontadas da aposentadoria dele”, relatou o filho do aposentado, com a cópia do documento falsificado e os comprovantes dos descontos nas mãos.

“Nossa orientação, neste caso, é ajuizar uma ação para solicitar a devolução total do valor pago e também um pedido de liminar para que o desconto das parcelas sejam cessados imediatamente”, orientaram, durante o atendimento, os defensores públicos Marcus Vinícius e Igor Raphael. “Foi uma orientação excelente e precisa. Eles nos mostraram qual caminho devemos seguir”, aprovaram pai e filho.

Participe do nosso grupo privado e receba notícias em primeira mão no WhatsApp

Entrar para o grupo